Toda a nossa perfeição consiste em amor ao nosso amabilíssimo Deus. A caridade é o vínculo da perfeição. E toda a perfeição do amor de Deus, consiste em unir a nossa vontade com a Sua santíssima vontade.
Quanto mais uma pessoa está unida com a vontade divina, maior será o seu amor. Penitências, meditações, comunhões e obras de caridade, praticadas para com o nosso próximo, são de certo agradáveis a Deus. Mas quando? Quando estas obras são feitas em conformidade com a Sua vontade, mas quando elas não se praticam pela vontade de Deus, não só lhe são desagradáveis como também odiosas e merecedoras unicamente de castigo.
Aquele que trabalha segundo a sua própria vontade, e não conforme a vontade de Deus, comete uma espécie de idolatria, porque em lugar de adorar a vontade divina, adora de alguma maneira a sua própria.
A maior glória, pois, que nós podemos dar a Deus, é cumprir Sua bendita vontade em tudo. O nosso Redentor, que baixou dos céus à terra para promover a divina glória, cumprindo com a divina vontade, veio principalmente ensinar-nos a assim o praticarmos, pelo Seu mesmo exemplo.