
Eclesiástico, 5
1 Não te fies nas riquezas iníquas e não digas: eu tenho bastante com que viver — porque de nada te aproveitará isto no dia do castigo e da escuridão. Não te abandones, quando te sentires forte, aos maus desejos do teu coração.
3 e não digas: Como sou poderoso! Quem poderá obrigar-me a dar contas das minhas acções? Com efeito Deus exercerá a sua vingança.
4 Não digas; Eu pequei; e que mal me veio dai? — porque o Altíssimo é lento em punir (os crimes).
5 Não estejas sem temor da ofensa que te foi perdoada, e não ajuntes pecados sobre pecados.
6 Não digas; A misericórdia do Senhor é grande, ele se compadecerá da multidão dos meus pecados.
7 Porque a sua misericórdia e a sua ira estão perto uma da outra, e a sua ira olha para os pecadores.
8 Não tardes em te converter ao Senhor, não o difiras de dia para dia,
9 porque virá de improviso a sua ira, e no dia do castigo te perderá.
10 Não andes inquieto por (amor de) riquezas injustas, porque elas não te aproveitarão no dia do castigo e da escuridão.
11 Não te voltes a todo o vento, e não andes por todos os caminhos. porque é assim que todo o pecador de língua dobre se dá a conhecer.
12 Se firme no caminho do Senhor, na sinceridade dos teus sentimentos e conhecimentos, e que a palavra de paz e de justiça te acompanhe sempre.
13 Sê manso para ouvir a palavra, a fim de que a entendas; então darás com sabedoria uma resposta justa.
14 Se tens inteligência, responde ao teu próximo; se não, põe a tua mão sobre a tua boca, para que te não suceda ser surpreendido numa palavra indiscreta e cair em confusão,
15 A honra e a glória acompanham o falar do homem sensato, mas a língua do imprudente é a sua ruína.
16 Que ninguém te chame intriguista, e que não te venha a tua língua a ser um laço e um motivo de confusão.
17 Porque sobre o ladrão virão a confusão e o arrependimento, e sobre a língua dobre uma nota de infâmia; ao mexeriqueiro (estão reservados) o ódio, a inimizade e a contumélia.
18 Faze igualmente justiça aos pequenos e aos grandes.
Notas:
Edição da bíblia traduzida da vulgata pelo Padre Manuel de Matos Soares, 1956. Recomenda-se ler a obra original com os comentários do padre Matos Soares em português.
Segundo o Catecismo, 5ª Parte, § 4º, podem ler-se as traduções em língua vulgar da Bíblia desde que sejam reconhecidas como fiéis pela Igreja Católica, e venham acompanhadas de explicações ou notas aprovadas pela mesma Igreja. A Igreja proíbe as Bíblias protestantes porque ou estão alteradas e contêm erros, ou porque, faltando-lhes a sua aprovação e as notas explicativas das passagens obscuras, podem causar dano à Fé. Por isso a Igreja proíbe também as traduções da Sagrada Escritura já aprovadas por Ela, mas reimpressas sem as explicações que a mesma Igreja aprovou. Sendo assim, é necessário também ler as notas explicativas da versão impressa da Bíblia do Padre Matos Soares, edição de 1956.
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