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Salmos, 72
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Salmos

Salmos, 72

1 Salmo. De Asaf. Quão bom é Deus para com os retos, o Senhor para com os puros de coração!

2 Os meus pés por pouco não vacilaram; por pouco se não transviaram os meus passos,

3 porque tive inveja dos ímpios, ao observar a prosperidade dos pecadores.

4 Porque eles não têm sofrimentos, são e gordo anda o seu corpo.

5 Não participam (pelo menos aparentemente) dos trabalhos dos mortais, nem como os outros são flagelados.

6 Pelo que os cinge a soberba como um colar, e envolve-os a violência como um vestido.

7 Brota a iniquidade do seu crasso coração, trasbordam as ficções da sua mente.

8 Zombam e falam com maldade, altivos ameaçam opressões.

9 Abrem a sua boca contra o céu, e a sua língua arrasta-se pela terra.

10 Por isto o meu povo se volta para eles, e sorve das suas águas abundantes.

11 Chegam a dizer; "Porventura Deus sabe isto, tem disto notícia o Altíssimo?"

12 Eis como são os pecadores, e, (contudo) sempre tranquilos, aumentam a sua fortuna.

13 Foi portanto inutilmente que conservei puro o meu coração, e lavei na inocência as minhas mãos?

14 Pois sou flagelado a toda a hora e castigado todo o dia.

15 Se eu pensasse: "Hei-de falar com eles," seria um desertor da raça dos teus filhos.

16 Refletia pois para compreender isto; pareceu-me porém coisa bastante difícil,

17 até que entrei no santuário (íntimo) de Deus, e atendi ao fim de todos eles.

18 Na verdade, é sobre caminhos escorregadios que os colocas, precipita-los na ruína.

19 Oh! como tombara num momento, acabaram, foram consumidos de espantoso terror!

20 Como um sonho, ao despertar, Senhor, assim, quando te Levantas, desprezarás a sua aparência.

21 Quando se exasperava o meu espírito, e o meu coração se sentia aguilhoado.

22 eu era um insensato e não compreendia, fui diante de ti como um jumento.

23 Todavia, não; estarei sempre contigo: tomaste-me pela minha mão direita,

24 Hás-de guiar-me com teu conselho, e por fim hás-de receber-me na tua glória.

25 Quem tenho eu, lá no céu, fora de ti? e, se estou contigo, a terra não me deleita.

26 Desfalece a minha carne e o meu coração; o rochedo do meu coração e a minha herança é Deus para sempre.

27 Com efeito, os que se apartam de ti perecerão, aniquilas todos os que te são infiéis.

28 Mas para mim é bom estar junto de Deus, pôr no Senhor Deus o meu refúgio. Publicarei todas as tuas obras às portas da filha de Sião.

Notas:

Edição da bíblia traduzida da vulgata pelo Padre Manuel de Matos Soares, 1956. Recomenda-se ler a obra original com os comentários do padre Matos Soares em português.

Segundo o Catecismo, 5ª Parte, § 4º, podem ler-se as traduções em língua vulgar da Bíblia desde que sejam reconhecidas como fiéis pela Igreja Católica, e venham acompanhadas de explicações ou notas aprovadas pela mesma Igreja. A Igreja proíbe as Bíblias protestantes porque ou estão alteradas e contêm erros, ou porque, faltando-lhes a sua aprovação e as notas explicativas das passagens obscuras, podem causar dano à Fé. Por isso a Igreja proíbe também as traduções da Sagrada Escritura já aprovadas por Ela, mas reimpressas sem as explicações que a mesma Igreja aprovou. Sendo assim, é necessário também ler as notas explicativas da versão impressa da Bíblia do Padre Matos Soares, edição de 1956.

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