O Papa Bento XVI promoveu o ecumenismo ou o retorno à Tradição?
Bento XVI é, sem dúvida, mais favorável à tradição litúrgica do que João Paulo II. Deu mais liberdade à liturgia tradicional por seu Motu Proprio de 7 de julho de 2007, apesar da oposição de numerosos Bispos (notadamente na França e na Alemanha).
Mas se tem o coração tradicional, também recebeu uma formação modernista. Nos livros que escreveu quando era jovem teólogo, encontram-se numerosas afirmações contrárias à Fé; por vezes, no limite da heresia.
Mesmo se parece que mudou de opinião sobre alguns pontos, não desautorizou seus antigos erros. Seu livro A Fé cristã ontem e hoje, por exemplo, ainda é editado e vendido, enquanto que coloca em questão, entre outras coisas, a Divindade de Cristo. [49]
Bento XVI quer também salvar, absolutamente, o Concílio Vaticano II. É por isso que tenta situá-lo na continuidade da Tradição. Veremos que isso é impossível.
Bento XVI promoveu gestos tão escandalosos quanto João Paulo II?
O Pontificado de Bento XVI apresenta-se como mais sério do que o de seu predecessor. Apesar de tudo, já fez alguns atos que não são compatíveis com a Fé Católica:
1. Na missa de exéquias de João Paulo II, onze dias antes de ser eleito Papa, o Cardeal Ratzinger deu a Comunhão na mão, ao irmão Roger Schutz, de Taizé, sabendo que este era protestante. [50];
2. No curso da mesma missa, falou de João Paulo II como “apoiando-se na janela da Casa do Pai”; indicando assim que João Paulo II já estaria no Paraíso; esmigalhando o Purgatório e procedendo a uma canonização instantânea. [51]
3. Na sua primeira homilia papal, Bento XVI prometeu promover o diálogo ecumênico do qual o Papa João Paulo II ter-se-ia feito campeão;
4. Quatro meses apenas depois de sua eleição, visitou a sinagoga de Cologne, em 19 de agosto de 2005, deixando assim a entender que o culto que lá é rendido seria agradável a Deus (não se tratava evidentemente de um passeio turístico ou privado; mas de um gesto público, fortemente simbólico, que Bento XVI acrescentou, por iniciativa própria, à agenda de sua visita à Alemanha);
5. Em 30 de novembro de 2006, Bento XVI se pôs descalço (e calçou calçados islâmicos brancos) para penetrar na mesquita azul de Istanbul. Ali, depois de virar-se para Meca, recolheu-se por alguns instantes, de mãos cruzadas sobre o ventre. Sua atitude deu a entender, aqui também, que o culto rendido nessa mesquita era legítimo e agradável a Deus;
6. No dia 4 de fevereiro de 2008, Bento XVI modificou o Missal tradicional, suprimindo qualquer menção à cegueira dos judeus na oração feita na intenção dos mesmos, na Sexta-Feira Santa.
Notas:
[49] A última edição é a das Editions Du Cerf, em 2005, com um prefácio de Cardeal Ratzinger datando de abril de 2000.
[50] Contrariamente ao que, por vezes, foi dito, o irmão Roger Schutz não se converteu ao Catolicismo. Seu Sucessor no comando da comunidade de Taizé, irmão Aloïs, negou, em La Croix de 07 de setembro de 2006, “as afirmações (...) segundo as quais o fundador de Taizé teria se “convertido” ao Catolicismo”. “Não - afirma irmão Aloïs - Irmão Roger nunca se “converteu” ao Catolicismo.”
[51] Homilia do Cardeal Ratzinger na missa de exéquias de João Paulo II, Zenit, em 08 de abril de 2005.
Notas da ilustração:
O Vaticano II, no entanto, ensina que o Islã é uma boa e nobre religião de “crentes”. Isto tem o seu fundamento no ensinamento do Concílio Vaticano II sobre os muçulmanos, o real significado que é expressado pelos chefes do Vaticano II (João Paulo II e Bento XVI abaixo). Estes até mesmo incentivam a propagação desta seita abominável dos infiéis.
Mensagem de João Paulo II, ao “Grand Sheikh Mohammed”, 24 de fevereiro de 2000:
“O Islã é uma religião. O cristianismo é uma religião. Islam tornou-se uma cultura. O cristianismo tornou-se também uma cultura … Agradeço sua universidade, o maior centro de cultura islâmica. Agradeço aqueles que estão desenvolvendo a cultura islâmica…”.
O Papa João Paulo II, em 21 de março de 2000:
“Que São João Batista proteja o Islã e todos os povos do Jordão…” (L ‘Osservatore Romano, 29 de março de 2000, p 2).
O Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI), Sal da Terra, 1996, p. 244:
“Há um nobre Islão, materializado, por exemplo, pelo Rei de Marrocos…”.
O Papa Bento XVI, logo no início do seu Pontificado, colocou o ecumenismo e o diálogo inter-religioso como uma de suas prioridades. Sua consciência sobre a importância desta missão está radicada em vários fatores da história da sua vida: foi perito do Concílio Vaticano II, braço direito de João Paulo II nas questões doutrinais, teólogo conhecedor da problemática ecumênica e, como cristão alemão, sentiu de perto a problemática ecumênica, como afirmou no seu discurso em Colônia, em 19 de agosto de 2005: [1]
"Sendo eu mesmo proveniente deste país, conheço bem a situação dolorosa que a ruptura da unidade na profissão da fé causou a tantas pessoas e famílias". [2]
Bento XVI sempre considerou que a divisão entre os cristãos é uma ofensa a Deus e um escândalo para o mundo. [...] Em 2009, Bento XVI visitou a Terra Santa. Entre os muitos compromissos, o Pontífice participou de um encontro ecumênico na sede do Patriarcado Greco-ortodoxo, na parte leste de Jerusalém, do qual também tomou parte o Patriarca Greco-ortodoxo Teófilo III. [1]
No seu discurso, o Santo Padre ressaltou que todos os seguidores de Cristo devem "redobrar" os esforços "para aperfeiçoar a comunhão" já que a divisão "é uma vergonha". E acrescentou:
"Temos de encontrar forças para redobrar nosso compromisso para aperfeiçoar nossa comunhão, para torná-la completa". [2]
Referências:
[1] Notícias Canção Nova. Saiba mais sobre o ecumenismo no Pontificado de Bento XVI. Disponível em: https://noticias.cancaonova.com/mundo/saiba-mais-sobre-o-ecumenismo-no-pontificado-de-bento-xvi/
[2] Discurso do Papa Bento XVI durante o encontro com Bartolomeu I, para a inauguração do Ano Paulino: http://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2008/june/documents/hf_ben-xvi_spe_20080628_bartolomeo-i.html
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