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O Papa Paulo VI foi influenciado pela maçonaria?

O Papa Paulo VI foi influenciado pela maçonaria?

O Papa Paulo VI (1963-1978), que continuou o Concílio depois da morte de João XXIII, apoiou claramente os liberais. Nomeou quatro Cardeais – Döpfner, Suenens, Lercaro e Agagianian – como moderadores do Concílio. Os três primeiros eram liberais bem conhecidos; o quarto, uma personalidade pouco marcante.

Paulo VI não se opôs, durante o Concílio, aos Bispos liberais (notadamente durante o que estes chamaram de “semana negra” em novembro de 1964)?

Paulo VI às vezes freou os liberais extremistas; mas, geralmente, favoreceu os liberais moderados.

Em 7 de dezembro de 1965, declarou aos Bispos reunidos para o encerramento do Concílio:

“A Religião do Deus que se fez homem encontrou-se com a religião – pois o é – do homem que se faz deus. O que aconteceu ? Um choque, uma luta, um anátema? Isso poderia ter ocorrido: mas não aconteceu.
A velha história do Samaritano foi o modelo da espiritualidade do Concílio. Uma simpatia sem limites invadiu-o todo inteiro. A descoberta das necessidades humanas (e elas são tanto maiores quanto o filho da terra se faz maior) absorveu a atenção do nosso Sínodo.
Reconhecei-lhe ao menos este mérito, vós, humanistas modernos, que renunciais à transcendência das coisas supremas, e, sabei reconhecer nosso novo humanismo: nós também, mais que quaisquer outros, nós temos o culto do Homem”. [40]

Que se deve pensar dessa declaração?

Pode-se compará-la com a ordem dada por São Pio X em sua primeira encíclica:

“É preciso, por todos os meios e ao preço de todos os esforços, desarraigar inteiramente essa monstruosa e detestável iniquidade própria dos tempos em que vivemos, e pela qual o homem se substitui a Deus”. [41]

De onde pode provir aquela ideia de culto do Homem?

A franco-maçonaria, que tem por objetivo a destruição da Igreja Católica, prega o culto do Homem.

Ouvindo a Paulo VI, os maçons devem ter saboreado seu triunfo. Não é exatamente a realização dos planos que forjaram no século XIX?

Como se pode conhecer os planos traçados pela franco-maçonaria contra a Igreja?

Os planos da franco-maçonaria são conhecidos, entre outros, pela correspondência secreta dos chefes da Alta Venda italiana, que caiu nas mãos da polícia do Vaticano em 1846, e cuja publicação foi ordenada pelo Papa Gregório XVI. [42]

O que prevêem esses planos maçônicos?

A correspondência apreendida e publicada mostra que os maçons queriam tudo empreender para que, um dia, pudesse subir ao Trono de Pedro o que chamavam de “um Papa segundo nossas necessidades”. E explicavam:

“Esse Pontífice, como a maior parte de seus contemporâneos, estará necessariamente mais ou menos imbuído dos princípios (...) humanitários que iremos começar a colocar em circulação (...)
Vós tereis pregado uma Revolução em tiara e pluvial, andando com a cruz e o estandarte, uma revolução que não terá mais necessidade de ser enfurecida, para colocar fogo nos quatro cantos da Terra.” [43]

Pode-se dizer verdadeiramente que Paulo VI foi esse Papa imbuído dos princípios humanitários?

O hino seguinte, que foi entoado por Paulo VI, quando o homem pisou a Lua, podia muito bem convir à boca de um maçom:

“Honra ao Homem, ao Pensamento, à Ciência, à Técnica, ao Trabalho, à ousadia humana (...) Honra ao Homem, Rei da Terra e agora Príncipe dos Céus” [44]

Paulo VI tem outras responsabilidades pela crise atual?

Paulo VI foi também o Papa que introduziu o novo rito da Missa, cuja nocividade analisaremos em capítulo específico desta obra.

O que é preciso assinalar ainda sobre Paulo VI?

Foi sob o reinado de Paulo VI que começou a perseguição dos padres que queriam permanecer católicos e recusavam-se a entregar os fiéis ao protestantismo, ao modernismo e à apostasia.

Notas:

[40] Paulo VI. Discurso de encerramento do Concílio, em 07 de dezembro de 1965; DC 1462(1966), col.63-64.

[41] São Pio X, Encíclica E supremi apostolatus. O Santo Papa designava, no passado, como uma “característica própria ao Anti-Cristo” o fato de que “o homem, com uma temeridade sem nome, usurpou o lugar do Criador, elevando-se acima de tudo o que carrega o nome de Deus. E a um tal ponto que, impotente para extinguir completamente em si a noção de Deus, ele se afasta, entretanto, do jugo de sua majestade e dedica-se, a si mesmo, o mundo visível como um templo, onde pretende receber as adorações de seus semelhantes.”

[42] A publicação foi feita por Jacques Crétinau-Joly (1803-1875) na sua obra A Igreja Romana em face da Revolução (1859). A obra foi laureada com um Breve de aprovação de Pio IX (25 de fevereiro de 1861) que garantiu implicitamente a autenticidade dos documentos. (Todos esses documentos estão reproduzidos por Mons. Delassus no Anexo de sua obra A Conjuração AntiCristã. Ver também, sobre o tema, Le Sel de La Terre nº28, pp.64-65.

[43] Citado por Jacques Crétinau-Joly, A Igreja Romana em face da Revolução (1859), Paris, Cercle de La Renaissance Française, 1976, t.II, pp.89-90 (primeira edição em 1859).

[44] Paulo VI, 07 de fevereiro de 1971, DC nº1580(1971), p.156.

Catecismo Católico da Crise na Igreja. Pe. Mathias Gaudron.

Notas da imagem:

A elaboração da Nova Missa de Paulo VI foi feita em 1969, depois do Concílio Vaticano II, que terminou em 1965. Abaixo está a foto dos seis pastores protestantes que ajudaram na elaboração da Nova Missa com Paulo VI.

"A missa é o que há de mais belo e melhor na Igreja […] Assim, o diabo sempre procurou, através dos hereges, privar o mundo da missa." (Santo Afonso de Ligorio)

A despeito de tal pensamento, Lutero não mascarou sua vigorosa rejeição da Missa:

"Quando a Missa for destruída, penso que teremos derrubado o papado! Pois é sobre a missa, como sobre uma rocha, que todo o papado descansa, com seus mosteiros, seus bispados, suas universidades, seus altares, seus ministros e sua doutrina … Tudo ruirá quando ruir essa missa sacrílega e abominável." (Citado por Cristiani, Du luthéranisme au protestantisme, 1910)

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