O rito da extrema unção e do exorcismo também foi adulterado?
No rito tradicional da Extrema Unção, os cinco sentidos eram ungidos pelo sacerdote, que pede a Deus, ao mesmo tempo, que se digne a perdoar os pecados cometidos através desses sentidos:
“Por esta Santa Unção e por Sua muito suave Misericórdia, que o Senhor te perdoe os pecados que tu cometeste pela vista (pelo ouvido, pela palavra, etc.)”.
Essa ação simbólica foi destruída no novo rito.
Como o novo rito da Extrema Unção destrói o simbolismo?
O novo rito se contenta com a unção da testa e das mãos; as palavras sacramentais somente falam do pecado de maneira geral.
Quais outras mudanças sofreu a Extrema Unção no novo ritual?
O novo ritual tende também a fazer da Extrema Unção uma celebração comunitária.
Nele se encontram indicações para a “celebração comum da Extrema Unção em presença de uma grande reunião”.
Essa celebração comum da Extrema Unção é criticável?
Tais celebrações comuns encorajam a dar esse Sacramento, sem distinguir entre saudáveis e doentes, quando de reuniões da terceira idade, enquanto que somente alguém gravemente doente pode recebê-la validamente.
O que se pode dizer dos novos exorcismos?
O novo ritual de exorcismos foi estabelecido, primeiro, de modo provisório [ad ínterim] em 1990, depois de modo definitivo em 1998. Foi um dos últimos domínios tocados pela reforma litúrgica.
Por que os inovadores tocaram tão tarde os exorcismos?
Os inovadores se voltaram tão tarde para os exorcismos, porque era a última de suas preocupações (de modo geral, a influência do diabo é minimizada ou silenciada em toda a nova Liturgia).
O episcopado alemão declarou mesmo que era inútil publicar novos exorcismos, já que não se devia mais fazer exorcismos de jeito nenhum!!! [385]
Os novos exorcismos são ruins?
O padre Gabriel Amorth, exorcista da diocese de Roma, e presidente de honra da Associação Internacional dos Exorcistas, acusa, claramente, os novos exorcismos de serem ineficazes:
“As orações eficazes, orações que tinham doze séculos de existência, foram supressas e substituídas por novas orações, ineficazes (...) Nós todos, exorcistas, tentamos as novas orações do novo Ritual ad ínterim e nos demos conta de que são absolutamente ineficazes.” [386]
Como se pode explicar essa ineficácia dos novos exorcismos?
O padre Amorth afirma que o mundo demoníaco “colocou as mãos em muitas reformas litúrgicas”. Denuncia também a incompetência das Comissões que prepararam esse novo ritual:
“Nenhum dos membros dessas Comissões jamais fez exorcismo, jamais assistiu a exorcismos, nem jamais teve a menor ideia do que é um exorcismo. Aí está o erro, o pecado original desse ritual. Nenhum dos que nele colaboraram era especialista em exorcismo.” [387]
Não é excessivo acusar de incompetência os autores do novo ritual?
O padre Amorth prova essa incompetência pelos fatos:
“No ponto 15, fala-se dos malefícios, como os “trabalhos”, e do modo de se comportar quando se está diante deles (...) O ritual romano explicava como era preciso proceder. O novo ritual declara, ao contrário, categoricamente, que é absolutamente proibido fazer exorcismos nesses casos. Absurdo! Essas feitiçarias são, de longe, as causas mais frequentes de possessões e de males causados pelo demônio: ao menos 90% dos casos. É como dizer aos exorcistas para não mais praticarem exorcismos!” [388]
Há outros fatos que provam essa incompetência?
O padre Amorth continua:
“O ponto 16 declara, solenemente, que não é preciso fazer exorcismo se não se têm certeza da presença do diabo. É uma obra-prima de incompetência: a certeza de que o demônio está presente em alguém, só se a pode ter, fazendo o exorcismo!” [389]
Esse protesto dos exorcistas teve resultado?
O protesto dos exorcistas somente obteve uma coisa: uma Nota da Congregação para o Culto Divino, precisando que os exorcistas podiam, se desejassem, pedir ao seu Bispo a autorização para utilizar o antigo ritual.
Nesse caso, o Bispo deve, por sua vez, pedir autorização à Congregação, que, segundo a Nota, “concede-a sem dificuldades”.
Acham-se, no novo ritual, outras deficiências do mesmo gênero?
O padre Amorth nota ainda, sobre o novo Livro das Bênçãos: [390]
“Li minuciosamente suas 1200 páginas. E bem, toda referência ao fato de que o Senhor deve nos proteger contra Satã, que os anjos nos protegem dos ataques do demônio, foi, sistematicamente, supressa. Todas as orações para a bênção das casas e das escolas foram supressas. Tudo devia ser bento e protegido; mas, hoje, não há mais proteção contra o demônio. Não existem mais defesas nem orações contra ele.” [391]
Quais são as consequências dessas modificações e supressões?
As consequências dessas modificações são visíveis por toda parte: a influência do demônio se faz sentir sempre mais em nossas sociedades.
O que se pode dizer, muito brevemente, do novo rito dos funerais?
O novo rito dos funerais não diz mais nada sobre a alma, sobre a seriedade do Julgamento, sobre a possibilidade de perdição, nem sobre o Purgatório.
Dá a impressão de que o defunto está certamente salvo, já junto de Deus.
O novo rito dos funerais se esquece, pois, da existência do pecado?
Como todos os outros novos ritos, o dos funerais deixa uma grande liberdade na escolha das orações. O celebrante pode, pois, a seu arbítrio, evocar ou calar o pecado e a culpa.
Quanto à palavra “alma”, não figura mais em nenhuma oração. Numa época em que a existência da alma humana é, com frequência, negada; seria, ao contrário, muito necessário mencioná-la.
Notas:
[385] Fato reportado pelo padre Gabriel Amorth, entrevistado em Trinta Dias (junho de 2001, edição francesa, p.32).
[386] Pe. Gabriel Amorth, em Trinta Dias,ibid.,p.31 e 33.
[387] Ibid.,p.29.
[388] Ibid., p.29.
[389] Ibid.
[390] Promulgado em 31 de maio de 1984, AAS, vol. LXXVI, p.1085-1086.
[391] Ibid., p.33.
Catecismo Católico da Crise na Igreja. Pe. Mathias Gaudron.
Notas da imagem:
Pintura da morte do justo e a do pecador.
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