As quinze orações de Santa Brígida
Essas orações e promessas foram num encontradas num livro impresso em Toulouse, escritas e publicadas por Pe. Adrien Parvillens, jesuíta, missionário apostólico, na Terra Santa com a licença e recomendação de propagá-las. Papa Pio IX tomou conhecimento destas orações. Ele as confirmou em 31 de maio de 1862 e as julgou verdadeiras, pois causam benefícios para o bem de todas as almas. Este reconhecimento do Papa foi confirmado por Deus pela realização das promessas com todas as pessoas que tinham rezado as orações, e por inúmeros fatos e sinais, pelos quais Deus queria mostrar que vinham realmente Dele.
Há muito tempo Santa Brígida tinha pedido ao Senhor para lhe revelar o número de pancadas sofridas em sua dolorosa Paixão. Um dia apareceu o Salvador e lhe disse: “Recebi no meu corpo 5.480 pancadas. Querendo venerá-las, reze cada dia, durante um ano, 15 Pai-Nossos, 15 Ave-Marias e mais as orações seguintes”. Jesus ensinou a Santa Brígida as orações. “Passado este ano, tens venerado, cada uma destas 5.480 feridas”. E o Salvador disse então:
“Quem rezar essas orações diariamente durante um ano, livrará do purgatório 15 almas do seu parentesco; 15 almas justas do seu parentesco receberão a graça da perseverança e 15 pecadores do parentesco se converte-se-ão. A própria pessoa que reza, alcançará os primeiros graus da perfeição e quinze dias antes da sua morte dar-lhe-ei o meu precioso Corpo para ficar preservada da fome eterna, e dar-lhe-ei de beber o meu precioso Sangue, para ficar preservada da sede eterna. E 15 dias antes da sua morte receberá profunda contrição e grande conhecimento de seus pecados. Colocarei o sinal da minha Cruz vitoriosa entre ela e o maligno, para que fique preservada de suas ciladas. Antes da sua morte a visitarei com minha bem-amada Mãe, receberei a alma com clemência, e introduzi-la-ei no gozo eterno. No Céu receberá o conhecimento especial da minha divindade, que não transmitirei àqueles que não rezam estas orações.”
Mesmo que alguém tivesse passado 30 anos em pecado mortal, logo que reza estas orações ou faz o propósito de rezá-las, o Senhor perdoar-lhe-á todos os pecados e defender-lhe-á contra todas as más tentações. Ele protege os seus cinco sentidos e o preserva de uma morte repentina e imprevista, e a sua alma de uma condenação eterna. E tudo que seja de Deus e da Santíssima Virgem ser-lhe-á concedido. Quem também ensinar estas orações a outros, receberá alegrias e recompensas eternas. No lugar onde se rezam estas orações, Deus está presente com a sua graça. Todos estes privilégios foram prometidos pelo Salvador Crucificado a Santa Brígida. O tal crucifixo ainda hoje está sendo venerado, na Igreja de São Paulo, em Roma.
Todos esses privilégios forma prometidos à Santa Brígida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as citadas orações fossem recitadas diariamente. São igualmente prometidos a todos quantos recitarem devotamente, durante um ano inteiro.
Deve-se evitar omitir as orações um dia. Mas se houver um impedimento sério que as orações de modo nenhum possam ser rezadas, não se perdem as graças ligadas nelas, quando as 5.480 orações forem rezadas durante o ano. Devem ser rezadas com muita devoção, pensando naquilo que se reza. Poderão ser rezadas ao fazer a Via Sacra.
É necessário recitá-las todos os dias, sem interrupção? Faltar o menos possível. Todavia, se por motivo sério, nos vemos forçados a omiti-las, nem por isso ficamos privados dos privilégios que lhes são inerentes, desde que recitemos 365 vezes no ano. Devemos recitá-las com devoção, esforçando-nos por penetrar no sentido das palavras que vamos pronunciando.
As quinze orações ensinadas por Jesus a Santa Brígida: recitá-la diariamente, durante um ano.
Os Sete Pai Nossos em honra do Sangue de Jesus: recitá-las durante doze anos.
Promessas das Quinze Orações
Jesus prometeu grandes graças àqueles que recitarem diariamente estas quinze orações durante um ano, em honra de suas chagas:
1. “Conseguirá livrar do purgatório 15 almas de sua família; 15 justos, também de sua linhagem, serão conservados em graça e 15 pecadores da sua família serão convertidos.”
2. “15 dias antes de sua morte, ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela Eu colocarei o sinal de minha Cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes de seus inimigos. Antes da sua morte, Eu virei em companhia de Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber benignamente a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas.”
3. “Aquele que disser essas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos.”
4. “No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas estas orações, Deus aí estará também presente com a Sua Graça.”
Primeira oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus Cristo, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até ao ponto de assumir nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles, lembrai-vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante de Vossa Conceição e sobretudo, durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-vos, Senhor, que, celebrando a Ceia com Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e Precioso Sangue, e consolando-os docemente, lhes predissestes vossa Paixão iminente.
Lembrai-vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa alma, como o testemunhastes, Vós mesmo, por estas palavras: “Minha alma está triste até a morte”.
Lembrai-vos, Senhor, dos temores, angústias e dores, que suportastes em vosso corpo delicado antes do suplício da cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramando um suor de sangue, fostes traído por Judas, vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juízes, na flor da vossa juventude e no tempo solene da Páscoa.
Lembrai-vos que fostes despojado das vossas próprias vestes e revestido das vestes da irrisão; que vos velaram os olhos e a face, que vos deram bofetadas, que vos coroaram de espinhos, que vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes.
Em memória dessas penas e dores que suportastes antes da vossa Paixão sobre a cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados.
Amém.
Segunda oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-vos do peso acabrunhador de tristeza que suportastes, quando vossos inimigos, quais leões furiosos vos cercaram, e por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios, vos atormentaram à porfia.
Em consideração desses insultos e desses tormentos, eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis libertar-me dos meus inimigos visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com vosso auxílio, à perfeição da salvação eterna.
Amém.
Terceira oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, Criador do Céu e da Terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob vosso poder, lembrai-vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na cruz vossas sagradas mãos e vossos Pés tão delicados, transpassaram-nos com grandes e rombudos cravos, e não vos encontrando no estado que teriam desejado para dar largas à sua cólera, dilataram vossas Chagas, exacerbando assim as vossas dores.
Depois por uma crueldade inaudita, vos estenderam sobre a cruz e vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os vossos membros. Eu vos conjuro, pela lembrança desta dor que suportastes na cruz com tanta santidade e mansidão, que vos digneis conceder-me o vosso temor e o vosso amor.
Amém.
Quarta oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, médico celeste, que fostes elevado na cruz a fim de curar nossas chagas por meio das vossas, lembrai-vos do abatimento em vos encontrastes e das contusões que vos infligiram em vossos sagrados membros, dos quais, nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada à vossa.
Da planta dos pés até o alto da cabeça nenhuma parte do vosso corpo esteve isenta de tormentos; e, entretanto, esquecido de vossos sofrimentos, não vos cansastes de suplicar a vosso Pai pelos inimigos que vos cercavam, dizendo-lhes: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Por essa grande misericórdia, e em memória desta dor, fazei com que a lembrança de vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados.
Amém.
Quinta oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, espelho do esplendor eterno, lembrai-vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando à luz da vossa divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da vossa santa Paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos que deviam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes amargamente a sorte desses infelizes pecadores, perdidos e desesperados.
Por esse abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão, dizendo-lhe: “Hoje estarás comigo no Paraíso”, eu vos suplico, ó doce Jesus, que na hora da minha morte, useis de misericórdia para comigo.
Amém.
Sexta oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, Rei amável e todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado, pregado e levantado na cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com exceção de vossa Mãe bem-amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de vós na Agonia; lembrai-vos de que os entregastes um ao outro dizendo: “Mulher, eis aí teu filho!” e a João: “eis aí tua Mãe!”
Eu vos suplico, meu Salvador, pela espada de dor que então transpassou a alma de vossa santa Mãe, que tenhais compaixão de mim em todas as minhas angústias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora de minha morte.
Amém.
Sétima oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, fonte inexaurível de piedade que, por uma profunda ternura de amor, disseste sobre a Cruz: “Tenho sede!”, mas, sede de salvação do gênero humano. Eu vos suplico meu Salvador, que vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender à perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos.
Amém.
Oitava oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o vosso Corpo e vosso preciosíssimo Sangue durante minha vida e na hora de minha morte, a fim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma.
Amém.
Nona oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, virtude real, alegria do espírito, lembrai-vos da dor que suportastes, quando mergulhado na amargura ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por vosso Pai, dizendo-lhe: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” Por essa angústia eu vos conjuro, ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte.
Amém.
Décima oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça. Em consideração da extensão de vossas chagas, ensinai-me a guardar os vossos mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos esses que são caminho espaçoso e agradável para aqueles que vos amam.
Amém
Décima primeira oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-vos em memória de vossas chagas que penetram até a medula de vossos ossos, e afligiram até vossas entranhas, que vos digneis afastar esse pobre pecador do lodaçal de ofensas em que está submerso, conduzindo-o para longe do pecado. Suplico-vos também esconder-me de vossa face irritada, ocultando-me dentro de vossas chagas, até que vossa cólera e vossa justa indignação tenham passado.
Amém.
Décima segunda oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-vos do inúmeros ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura de vosso sangue adorável. Ó quão grande e universal foi a dor que sofrestes em em vossa carne virginal por nosso amor.
Dulcíssimo Jesus, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos conjuro, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com vosso precioso Sangue, todas as vossas chagas no meu coração, a fim de que eu relembre, sem cessar, vossas dores e vosso amor.
Que pela fiel lembrança de vossa Paixão, o fruto dos vossos sofrimentos seja renovado em minha alma e que vosso amor vá crescendo em mim cada dia mais, até que eu me encontre finalmente convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó dulcíssimo Jesus, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna.
Amém.
Décima terceira oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, fortíssimo Leão, rei imortal e invencível, lembrai-vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do coração como do corpo e inclinastes a cabeça, dizendo: “Tudo está consumado.” Por esta angústia e por esta dor, eu vos suplico, Senhor Jesus, que tenhais piedade de mim quando soar a minha última hora, e minha alma estiver amargurada e meu espírito cheio de aflição.
Amém.
Décima quarta oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, Filho único do Pai, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-vos da humilde recomendação que lhes dirigistes, dizendo: “Meu Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito!” Depois expirastes, estando vosso corpo despedaçado, vosso coração transpassado e as entranhas de vossa misericórdia abertas para nos resgatar!
Por essa preciosa morte, eu vos conjuro, ó Rei dos Santos, que me deis força e socorrais para resistir ao demônio, à carne e ao sangue, a fim de que, estando morto para o mundo, eu possa viver somente em Vós. Na hora de minha morte, recebei, eu vos peço, minha alma peregrina e exilada, que retorna para Vós.
Amém.
Décima quinta oração
Pai nosso... Ave Maria...
Ó Jesus, videira verdadeira e fecunda, lembrai-vos da abundante efusão de sangue que tão generosamente derramastes de vosso sagrado corpo, assim como a uva é triturada no lagar. Do vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer; e, enfim, como um ramalhete de mirra, elevado na cruz, vossa carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de vossas entranhas e secou a medula de vossos ossos.
Por essa tão amarga Paixão e pela efusão de vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó bom Jesus, que recebais minha alma quando eu estiver em agonia.
Amém.
Oração final
Ó doce Jesus, vulnerai o meu coração a fim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e amor, noite e dia me sirvam de alimento; convertei-me inteiramente a vós; que meu coração vos sirva de perpétua habitação; que minha conduta vos seja agradável, e que o fim de minha vida seja de tal modo edificante, que eu possa ser admitido no vosso paraíso, onde, com todos os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre.
Amém.
Índice:
- As quinze orações de Santa Brígida
- Os sete Pai Nossos
- As quinze dores secretas de Jesus
- As cinco orações reveladas nas aparições de Fátima
Ver todas as orações Orações reveladas
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