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O ano era 1872. Apenas dois anos antes tinha fim o conflito mais trágico do continente, a Guerra do Paraguai. No ano anterior, assumira o Gabinete Rio Branco, levando a maçonaria ao centro do poder imperial. Enquanto isso, o Papa Pio IX levava a cabo a cruzada contra os erros modernos no campo doutrinal e material, em meio a revoluções sem fim na Europa.
Dom Vital era sacerdote há apenas três anos e lecionava com alegria no Seminário Episcopal da Luz, em São Paulo. Formado na França, não era o típico clérigo deísta que facilitaria a concórdia entre Igreja e Estado no Brasil do padroado e do beneplácito. Jovem de formação brilhante e reputação ilibada, foi indicado bispo pelo governo brasileiro aos 26 anos. Não podiam imaginar que o jovem prelado não seria o típico “homem cordial” a evitar conflitos a todo custo a fim de preservar seu bem-estar material.
Católico fidelíssimo, não hesitou um só momento em ser fiel ao seu dever de pastor das almas, apesar de ter feito o possível para eximir-se da pesada responsabilidade. Já havia irrompido a Questão Religiosa, e a maçonaria, que vinha agindo sorrateiramente, resolve partir para a guerra aberta contra a Igreja aproveitando-se das condições aparentemente favoráveis. No entanto, como a um outro Cristo, os inimigos da Igreja encontrariam em Dom Vital um dos seus maiores adversários, que triunfava milagrosamente a partir de aparentes derrotas.
Entre calúnias intermináveis nos jornais maçônicos, ameaças de assassinato e atentados terroristas contra igrejas, mosteiros e colégios católicos, disse D. Vital: “Contra mim só têm o exílio, o punhal ou o veneno. O exílio por-me-ia em ótima situação e apresentar-me-ia como vítima; o punhal faria demasiado barulho. Resta, pois, o veneno”.
Acompanhe a história formidável deste que foi sem dúvida um dos maiores brasileiros de todos os tempos, vítima de injusta perseguição religiosa por parte do Estado em um dos mais escabrosos processos jurídicos que o Brasil já vira, de que também foi vítima Dom Macedo Costa, bispo do Pará.
Autor: Padre Fernando Pedreira de Castro
Edição: 2ª
Páginas: 212
Editora: Santa Cruz
Encadernação: Capa dura
Formato: 12 x 18
Ano: 2021