Santo de 8 de maio

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Aparição de S. Miguel

Aparição de S. Miguel, Arcanjo

A Igreja Católica tem em alto conceito a devoção aos santos Anjos. Acredita na sua existência que é provada por muitas citações bíblicas, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Sabe e ensina, que os anjos, como santos mensageiros de Deus, desempenham uma missão especial em nosso favor. São nossos protetores, nossos defensores, do corpo e da alma, em todos os perigos, principalmente na hora da morte.

Como um dos primeiros, senão o primeiro e mais eminente dos espíritos celestiais, os livros sagrados nos apresentam S. Miguel. O profeta Daniel dá a S. Miguel o título de Príncipe dos Anjos, e a Igreja enumera-o entre os arcanjos. Seu nome tem o significado de "Quem é como Deus?", pois foi S. Miguel que se pôs a frente dos anjos fiéis contra Lúcifer, o chefe dos anjos rebeldes, em defesa da autoridade de Deus. S. Miguel, portanto, é um espírito guerreiro, arauto de Deus, e Príncipe dos exércitos celestiais. A arte cristã o apresenta como tal, em armadura brilhante, com lança e espada, em voo como de mergulho se precipitando sobre o dragão infernal, e, fortemente o investindo, fazendo-o sentir o vigor irresistível do pé vitorioso, arremessa-o às profundezas do inferno.

S. Miguel pelos judeus era havido como protetor do povo eleito. Segundo o Apóstolo S. Judas (v. 9.), o cadáver de Moisés estava entregue aos cuidados do arcanjo. Foi este mesmo arcanjo, quem apareceu a Josué antes da tomada de Jericó e lhe prometeu seu auxílio; foi S. Miguel que defendeu os israelitas contra as hostes de Senacherib, desbaratando-as; foi ainda S. Miguel, quem se opôs a Balaam, quando ia amaldiçoar o povo de Deus. Heliodoro experimentou a força vingadora do arcanjo, quando se aparelhou para praticar o roubo sacrílego do templo. (2. Mac. 3, 25).

Da sinagoga e do povo eleito a missão de S. Miguel se transferiu à Igreja de Cristo. Numerosas são as suas aparições registradas na história da Igreja. Seu nome é mencionado várias vezes no sacrifício da Santa Missa, No "Confiteor" o sacerdote se dirige ao arcanjo S. Miguel, e invoca sua intercessão junto de Deus. Sobre o incenso, na missa solene é invocado seu nome. Ao Santo Anjo, isto é, à S. Miguel o sacerdote logo depois da consagração se dirige, com o pedido de levar o santo sacrifício ao altar sublime de Deus. Terminada a missa rezada, em uma oração especial o povo pede a S. Miguel que o defenda no combate; cubra-o com o seu escudo contra os embustes e ciladas do demônio; precipite ao inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas.

S. Miguel é ainda o patrono dos agonizantes, o guia das almas dos defuntos para o céu, como faz lembrar o texto do ofertório da missa de "Requiem". Na história da Igreja são mencionadas duas aparições de S. Miguel: Uma ao Papa Gelásio I no monte Gargano. A festa de hoje é a comemoração deste fato e da consagração da igreja de S. Miguel naquele lugar. Mais conhecida é a outra, de que foi dignado o Papa S. Gregório, o Grande, em ocasião de em Roma grassar a peste.

S. Miguel apareceu ao Papa no Castelo de Santo Ângelo e em sinal de cessão da epidemia, meteu a espada na bainha. Realmente a epidemia imediatamente parou de fazer vítimas.

Reflexões

O fato de a Igreja ter instituído diversas festas dedicadas aos Santos Anjos e ao Príncipe dos exércitos angélicos, tem sua razão no desejo da mesma Igreja de ver bem viva nos fiéis a devoção aos espíritos celestiais. Quer a Igreja que às crianças seja ensinada a doutrina sobre os Santos Anjos e implantada nos seus corações a devoção ao anjo tutelar, tão católica, e, como tal, tão útil, senão necessária; que nas famílias seja cultivada esta devoção com a recitação diária de orações aos Anjos de Deus.

Ao grande São Miguel devemos pedir, que nos assista nos combates do bem contra o mal; que ele, o chefe dos exércitos divinos, alcance aos católicos o espírito da paciência, como também de combatividade sempre, que preciso for, defender os interesses da santa Igreja, quer na vida particular, quer na vida pública. Que S. Miguel esteja ao nosso lado na hora da morte; que no momento que o sacerdote o invoca em nosso nome, leve a nossa alma aos páramos da Igreja triunfante.

Referência: Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico – Juiz de Fora – Minas Gerais, 1959.

Comemoração: 8 de maio.

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Santa Walburgis

Santa Walburgis, Abadessa O.S.B.

(† 779)

A Santa abadessa Walburgis, cuja memória goza de grande veneração na Alemanha, era de origem inglesa e de sangue real. Era filha de Ricardo e Wuna, e irmã de S. Wilibaldo, Bispo de Eichstaett e S. Wunibaldo, abade de Heidenheim. São Bonifácio, Bispo de Mogúncia, era seu tio materno. Dos pais recebeu uma educação aprimoradíssima. Embora vivesse em palácio real, Walburgis levava uma vida retraída, ocupada exclusivamente com a oração, a leitura espiritual e o trabalho manual.

Não querendo outro esposo senão Aquele que se apresenta entre os lírios, Walburgis fugia de todo contato com pessoas do outro sexo, para desta maneira, com mais segurança, guardar fielmente a flor da castidade. Para poder dedicar-se unicamente ao serviço do Senhor, entrou para o mosteiro de Winburn.

Achando S. Bonifácio indispensável o auxílio de religiosas na cristianização da Alemanha, pediu a abadessa Tata, sua parenta, que lhe mandasse algumas freiras. Entre as primeiras que seguiram para a Alemanha, como missionárias, achava-se Walburgis. Depois de viagem penosa e fatigante, chegaram 30 monjas a Mogúncia, no ano de 748. Walburgis, tendo notícia de que o irmão Wunibaldo não só missionava na Turíngia entre os pagãos, mas também levava os cristãos a uma vida perfeita, para lá se dirigiu com algumas companheiras. Wunibaldo recebeu a irmã com muita alegria e entregou-lhe e às Religiosas um convento na Turíngia onde pudessem fundar uma santa comunidade, vivendo segundo a regra de S. Bento. Lá, separada do mundo, Walburgis e as companheiras levavam uma vida mais angélica que humana.

Passados alguns anos, Wunibaldo, com licença de S. Bonifácio, saiu da Turíngia com o desejo de, na Francônia, onde ninguém o conhecia, poder viver na solidão, entregue unicamente à oração e contemplação. Comprou um terreno e fundou um pequeno convento, num lugar por ele denominado Heidenheim; ao lado deste convento construiu ainda outro para a irmã Walburgis e as suas religiosas.

Estes dois conventos tomaram grande incremento e em poucos anos, eram habitados por grandes comunidades, dirigidas uma por S. Wunibaldo, a outra por Santa Walburgis. Wunibaldo morreu em 716 e, em obediência à ordem recebida de S. Wunibaldo, Walburgis aceitou a direção dos dois mosteiros.

Embora fosse dificílima a tarefa, Walburgis dela se desempenhou a contendo de todos. Nas práticas de piedade era a primeira, nos trabalhos os mais desprezíveis a mais humilde, na observância da regra a mais pontual e em todas as virtudes monásticas o modelo mais perfeito. A confiança que depositava em Deus, era ilimitada, e em muitas ocasiões e situações críticas, esta confiança foi grandemente recompensada.

Walburgis morreu em 779, tendo administrado os dois conventos durante 17 anos. O corpo foi pelo Bispo S. Wilibaldo sepultado na igreja do convento.

Um século depois foi pelo Bispo Ocário transportado para Eichstat, onde repousa na igreja de Santa Cruz. Parte das relíquias de Santa Walburgis estão nas igrejas de Manheim, de Atigny, França e de Walderberg. A cabeça da Santa se acha em Braunschweif — Lüneburg.

Os ossos de Santa Walburgis segregam um líquido chamado óleo de Santa Walburgis, a que é atribuído um poder sobrenatural. O Jesuíta Gretsero enumera, nas suas memórias, várias curas maravilhosas com a aplicação do óleo de Santa Walburgis.

Reflexões

Embora lhe faltassem às vezes os meios de subsistência, Santa Walburgis não se entregava a pensamentos de desânimo.

Há pessoas que se esforçam, na prática da vida religiosa. Se acontece faltar-lhes o necessário, inquietam-se, perturbam-se e desanimam, não tendo a confiança que deviam ter, na Divina Providência. É justo e necessário que o homem trabalhe, para ganhar a vida. Não deve, porém, perder de vista, que tudo vem de Deus, que nada deixará faltar do que é indispensável para a eterna salvação. "Quem te criou, terá cuidado de tua conservação, diz Santo Agostinho. Quem alimenta o assassino, negará o sustento ao piedoso e bom?

Quem faz nascer o sol sobre bons e maus, também a ti alimentará. Seria possível que alimentasse só os que um dia serão condenados e deixasse os bons, os eleitos morrer de fome?" (Santo gostinho). S. Pedro exorta a todos, dizendo: "Entregai-lhe todos os vossos cuidados e nada vos deixará faltar". (1 Pet. 5, 7).

Santos, cuja memória é celebrada hoje

Em Constantinopla, o martírio de Santo Acácio, militar. Foi decapitado e seu cadáver atirado ao mar, que o restituiu. Santo Acácio é um dos 14 auxiliadores. 307.

Em Viena (França), o bispo S. Dionisio, de nacionalidade grega e discípulo dos primeiros emissários de Nosso Senhor.

Em Auxerre (França), o bispo Santo Heládio. 387.

Referência: Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico – Juiz de Fora – Minas Gerais, 1959.

Comemoração: 8 de maio.

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